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Homossexualidade

Homossexualidade

São velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades específicas inatas a “raças” ou a outros grupos humanos; no entanto, os antropólogos estão convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.¹.

Analistas do Comportamento e Antropólogos chegam a um acordo no que se refere às condições genéticas, reafirmando que os aspectos evolutivos não são desconsiderados, contudo as alterações biológicas sofridas pelo indivíduo ao longo da vida e a cultura são responsáveis pela seleção e manutenção da maior parte dos comportamentos emitidos pelas civilizações.

Ainda que estejamos vivendo em uma comunidade ou “civilização” mais moderna e compreensiva do que há cinquenta ou até mesmo dez anos atrás, é necessário que o ser humano mude muito até que se chegue ao ponto de falar que não existe preconceito e que vivemos em uma sociedade mais justa e capaz de conviver com as diferenças, tão comuns em nossa espécie, inclusive de orientação sexual.

Segundo Herek (1995)², a homossexualidade abrange uma variedade de fenômenos relacionados a uma mesma orientação sexual e, por vezes, é compreendida como o oposto da heterossexualidade, tendo a bissexualidade como rótulo para aqueles que se mostram heterossexuais, mas também podem apresentar comportamento homossexual. É interessante ressaltar e esclarecer o fato que esses termos (Heterossexual, bissexual e homossexual) são atribuídos não apenas para representar o ato sexual em si, mas também dizem respeito a sentimentos, pensamentos e modelos de laços românticos e afetivos entre as pessoas.

Conforme Weber (2011)³, o termo correto é homossexualidade e não homossexualismo, pois desde 1973, a American Psychiatric Association tirou o termo “homossexualismo” do Código Internacional de Doenças (CID); a Anistia Internacional, em 1991, vetou a proibição da homossexualidade, como violação aos direitos humanos. Legalmente, a homossexualidade não pode mais ser considerada uma doença, nem uma escolha ou opção, é uma orientação. Portanto, não se trata de doença mental, ainda que a ciência não saiba definitivamente quais são os seus determinantes.²

Texto escrito por:
Júnior Saturnino - Psicólogo - Analista do Comportamento (CRP 06/125681)

¹ LARAIA, Roque de Barros, 1932 - Cultura: Um conceito antropológico/ Roque de Barros Laraia. – 23.ed – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2009

² HEREK, G. M.; CAPITANIO, J. P. (1995). Black heterosexual’s attidudes toward lesbians and gay men in United States. The Jornal of Sex Research, 32, p.95-105.

³ WEBER; Lidia Natalia Dobrianskyj. Adote com carinho: Um manual sobre os aspectos essenciais da adoção. Curitiba: Juruá, 2011.

 

 


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